Victor Enrich (Barcelona, 1976), desde muito novo revelou um grande interesse por mapas e formas urbanas, orientando a sua criatividade para o desenho de cidades imaginárias, às quais, através dos conhecimentos adquiridos na escola, atribuía toponímia, estrutura, topografia e funcionalidade.
Mais tarde, durante a adolescência, foi descobrindo softwares de desenho, como o Drafix Cad e, depois, o Autocad, o que lhe permitiu um salto qualitativo ao nível do detalhe e da delicadeza dos grafismos.
Passava horas a desenvolver grelhas urbanas que, depois de impressas em A4, conjugava entre si, formando painéis com vários metros quadrados.
Antes de entrar para a faculdade, descobre as potencialidades do 3D, como um meio, ainda mais poderoso, para a representação de espaços virtuais.
Entra para a Escola Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona com uma das melhores médias e conhecimentos razoáveis na área do desenho técnico.
Acaba por desistir da faculdade, ao fim de seis anos, por falta de vocação, frustradas as expectativas que imaginara quanto à profissão de arquitecto.
Isso não o impediu de construir, em paralelo, reputação no campo da visualização de arquitectura, que, inclusive, acaba por vir a constituir a sua principal actividade, até por volta dos 35 anos.
Devido à grave crise do sector e apoiado-se no forte desejo de recuperar a criatividade deixada para trás há uns anos, decide fazer uma pausa sabática na sua actividade profissional, para se dedicar, em exclusivo, a domínios mais criativos.
Actualmente, alia essa busca à sua outra grande paixão: viajar, com um enfoque especial na procura da forma urbana como ponto de partida para o desenvolvimento da sua prática artística.
Victor Enrich viveu e trabalhou em várias cidades, como Roma, Riga e Tel Aviv, tendo-se fixado, nos últimos anos, em Munique. |
Edição JA a partir de texto do autor