The happiness of London is not to be conceived but by those
who have been in it. I will venture to say, there is more learning
and science within the circumference of ten miles from
where we now sit, than in all the rest of the world.1 Samuel Johnson
Se na Europa de hoje tivéssemos de substituir a última palavra da expressão “Todos os caminhos vão dar a Roma” qual seria essa palavra? Provavelmente nomearíamos aquela que é a maior cidade da União Europeia.
Os percursos low-cost para Londres – na medida em que essencialmente é para lá que se é atraído como já dizia Samuel Johnson no século XVIII2 – aproximam as pessoas de uma miríade de acontecimentos que aqui decorrem. Continua a ser um dos importantes microcosmos de tudo aquilo que existe no mundo. Um epicentro cultural, social e logístico. E assim parece que continuará a ser, fazendo esquecer que se localiza numa ilha. Tentando chamar até si todos aqueles que procuram um local onde as possibilidades se multiplicam aumentando a satisfação dos desejos de cada um. Para um jovem arquitecto, Londres é a oportunidade para experimentar. Entrevistar outros arquitectos faz parte desse processo de aprendizagem.
As entrevistas a Jonathan Sergison e a Tony Fretton, personalidades que se começaram a destacar na cultura arquitectónica londrina a partir dos anos de 1980 e 1990, procuram mostrar um pouco como é encarada a prática profissional por um grupo de arquitectos que trabalha nesta cidade há algum tempo e cuja obra tem sido conotada com uma certa procura de anonimato ou um certo minimalismo. Ilustram também como a cidade é vivida pelos arquitectos.|
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1 Samuel Johnson, cit. por James Boswell. in The Life of Samuel Johnson. Oxford : Oxford University Press, 1953, p. 406.
2 “You find no man, at all intellectual, who is willing to leave London. No, Sir, when a man is tired of London, he is tired of life; for there is in London all that life can afford.” (ibid., p. 859)